Por que implantar o controle de ponto na sua empresa? Se a sua empresa possui 20 funcionários ou mais o controle de ponto é um item obrigatório para não ter problemas com a fiscalização. É o que consta no artigo 74 da CLT. Contudo, mesmo para as empresas pequenas com poucos funcionários gerir corretamente a jornada de trabalho é muito importante para evitar fraudes ou passivos trabalhistas. Neste post apontamos erros com o cartão de ponto que sua empresa precisa evitar a todo o custo para não ter problemas jurídicos! Acompanhe nossas dicas de direitos, planejamento e gestão!
POR QUE É PERIGOSO PARA SUA EMPRESA NÃO IMPLANTAR O CONTROLE DE PONTO?
O maior perigo de não implantar o cartão de ponto no seu negócio é ter problemas com a fiscalização. Neste caso, sua empresa estará sujeita aos passivos trabalhistas, que são as dívidas que uma empresa adquire quando não cumpre com suas obrigações para com o empregado. E o valor dos passivos trabalhistas pode ser alto, comprometendo a gestão financeira do seu negócio! Quando uma empresa não implementa o cartão de ponto acaba tendo que aceitar o que o colaborador fala! Ou seja, a empresa não tem o controle se a jornada de trabalho está realmente sendo cumprida. Assim acaba perdendo dinheiro. Faça as contas de quanto sua empresa pode estar perdendo com pequenos atrasos dos colaboradores, ou então quanto pode estar desembolsando com horas extras indevidas, por ser obrigada a aceitar o que os colaboradores estabelecem como jornada de trabalho, sem um controle assertivo.
POR QUE É PERIGOSO PARA SUA EMPRESA IMPLEMENTAR O CONTROLE EM PAPEL OU PLANILHA?
Usando planilhas ou fichas manuais, a empresa acaba ficando a mercê dos colaboradores, que preenchem de forma manual os horários de entrada e saída da jornada de trabalho. Muitos preenchem todos os horários no último dia do mês! Assim, a empresa acaba tendo problemas com o chamado “horário britânico”, que é o controle que noticia que o empregado iniciou e terminou a jornada sempre no mesmo horário durante dias seguidos, isto é, de maneira uniforme, sem qualquer variação de segundos ou minutos. Isso não é bem-visto num processo trabalhista e sua empresa pode ter sérios problemas!
Além do mais, o registro em planilhas ou fichas manuais não possui nenhuma segurança nos dados. Assim, o colaborador pode afirmar que foi coagido pela empresa a mudar o horário, por exemplo, para não receber hora extra. Ou pode alterar para receber hora extra indevida. Por fim, planilhas e fichas manuais implicam no retrabalho do Departamento Pessoal para mensurar tudo e passar para a contabilidade. Esse gasto de tempo custa dinheiro e acaba interferindo em outras demandas, com sérios prejuízos financeiros para o seu negócio!
QUAIS OS RISCOS DO CONTROLE DE PONTO USANDO RELÓGIOS MECÂNICOS?
O controle de ponto através de relógios mecânicos pode demandar alta infraestrutura e ainda possui muita instabilidade! Para que seu controle espelhe a realidade e seja imune às fraudes é muito importante um sistema de controle de ponto capaz de monitorar a jornada dos trabalhadores em trânsito ou em home office. Um relógio de ponto que dá problema, que quando acaba o papel para de funcionar, que acaba demandando muito suporte e manutenção, com demoras e retrabalhos desnecessários, com sérias limitações de registros ou ainda que obriga a empresa a guardar o relógio por longos anos pois seus dados podem ser pedidos pelo Ministério do Trabalho, pode representar um custo elevado para o seu negócio sem nenhuma segurança jurídica. Assim fique atento para implementar uma gestão eficiente dos seus funcionários, com um controle de ponto eletrônico que simplifique sua vida e reduza os custos da sua empresa!
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP. Pós Graduado em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Vivência jurídica profissional desde 1999 inicialmente no Ministério Público do Estado de São Paulo (direitos difusos e coletivos) e posteriormente no Tribunal Regional do Trabalho da 15.ª Região (ações trabalhistas). Advogado e consultor.